Olá, comunidade de Macaé de Cima!

Sabemos o quanto a Estrada Macaé de Cima é vital para todos nós. É o nosso caminho, ligando nossas casas, nossos negócios e nossa comunidade ao restante da região. No entanto, convivemos diariamente com os desafios que ela apresenta, especialmente no Trecho III, que abrange 7 km de extensão, do Km 9 ao Km 16. A classificação atual da estrada, segundo opiniões de moradores, com uma nota de 3 em 10, reflete uma condição de precariedade significativa. Isso se traduz em dificuldades para se deslocar, redução da nossa segurança, viagens mais demoradas e custos de transporte mais altos.

Essas dificuldades são agravadas pelas características da nossa região: uma estrada de terra em área montanhosa, com uma alta precipitação anual de 1800 mm na região e até 2500 mm nas cabeceiras, concentrada especialmente entre novembro e março. O clima tropical/subtropical úmido do Brasil, com suas chuvas intensas e períodos de seca, acelera a deterioração das estradas não pavimentadas, gerando problemas como buracos, alagamentos, perda de material e as temidas corrugações (costeletas). O relevo montanhoso adiciona a preocupação com a estabilidade de encostas, deslizamentos e a gestão dos cursos d’água .

Diante desse cenário, um plano de recuperação e manutenção se torna essencial. A pavimentação, embora desejada por muitos, é inviável para a vasta rede de estradas de terra devido aos “astronômicos custos”. Portanto, a estratégia foca na recuperação inicial e em um programa contínuo de manutenção preventiva e corretiva.

Qual o Caminho para Recuperar Nossa Estrada?

A estratégia proposta é multifacetada, priorizando a melhoria das condições atuais e a prevenção de novas deteriorações. Um ponto central é a ênfase na drenagem , pois a água é o principal agente destrutivo em estradas de terra .

Veja os passos que compõem o plano:

  1. Diagnóstico Detalhado: O primeiro passo é entender a fundo os problemas do Trecho III . Isso envolve identificar e mapear cuidadosamente onde estão os buracos , corrugações , onde a drenagem falha (sarjetas, valetas, bueiros obstruídos ou danificados) , onde há erosão ou instabilidade nas encostas , e outras deficiências como a falta de sinalização .
  2. Hierarquização das Intervenções: Com base no diagnóstico, definimos as prioridades. Problemas de drenagem e instabilidade nas encostas vêm em primeiro lugar, pela sua capacidade destrutiva e risco à segurança . Em seguida, abordamos os defeitos que mais dificultam a circulação, como buracos e a forma inadequada da pista .
  3. Execução dos Reparos Maiores: Esta é a fase de “colocar a mão na massa” nas grandes correções.
    • Drenagem: Recompor a forma da pista (abaulamento) para que a água escoe para as laterais , construir ou refazer sarjetas e valetas para coletar a água , limpar e reparar bueiros , e, se necessário, instalar drenagem subterrânea . Medidas para controlar a erosão nas encostas também são cruciais .
    • Revestimento Primário: Corrigir buracos (o famoso tapa-buraco ) e repor o material da pista onde ele se perdeu ou tem qualidade ruim . É vital usar material de qualidade, com a mistura certa de agregados e argila, e compactá-lo bem.
    • Estabilidade de Encostas e Aterros: Em nossos trechos montanhosos, é preciso refazer aterros erodidos , corrigir encostas instáveis, garantindo inclinações adequadas e compactação , e protegê-las contra erosão, talvez com vegetação . A remoção rápida de deslizamentos é uma ação de emergência .
    • Reforço do Sub-leito: Onde o solo base não aguenta o tráfego, pode ser necessária uma camada de reforço antes de colocar o material da pista .
  4. Programa de Manutenção Contínua:Recuperar a estrada não basta; é preciso mantê-la!. Uma vez que a condição melhore (saindo do 3 para um nível melhor ), a manutenção rotineira e periódica impede que ela volte a se degradar rapidamente.
    • Manutenção Rotineira: São as ações frequentes: passar a patrola (motoniveladora) na pista , limpar sarjetas e bueiros , remover objetos da pista , e controlar o mato que prejudica a visibilidade e a drenagem .
    • Manutenção Periódica: Tarefas realizadas de tempos em tempos, como a reposição do material da pista (talvez a cada 1-2 anos, dependendo do movimento e do clima) e inspeções mais detalhadas de drenagem e encostas .
  5. Conservação de Emergência: É a capacidade de responder rapidamente a problemas graves causados, por exemplo, por chuvas fortes, como grandes deslizamentos ou rupturas . Envolve a remoção de material e o reparo urgente para liberar o tráfego .
  6. Logística e Meio Ambiente: Tudo isso exige ter os equipamentos certos (motoniveladora, rolo, caminhões) e pessoal qualificado . É fundamental planejar o movimento de terra e o controle da erosão , além de proteger nossos rios e a vegetação nativa .

Um Cronograma Alinhado com o Clima

O clima da nossa região determina o melhor momento para cada tipo de trabalho:

A melhoria inicial da estrada (saindo da nota 3) demandará um investimento considerável na primeira estação seca. Contudo, é a implementação de um programa de manutenção contínua (rotineira e periódica) que será vital para preservar esse investimento e evitar que a estrada volte ao estado atual. Manter registros dos serviços e das condições da estrada também ajudará a planejar e usar os recursos de forma mais eficiente no futuro .

Este plano é um guia para a recuperação e conservação da nossa estrada. A participação e o entendimento de todos são importantes para que possamos ter um caminho mais seguro e confiável. Vamos acompanhar de perto a execução e, juntos, cuidar do que é nosso.

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